4 inovações da Olha o Peixe para a pesca artesanal e a sustentabilidade marinha

Comprar da Olha o Peixe não é só adquirir um pescado que chegará em sua casa, direto do litoral do Paraná. É fazer parte da uma onda de transformação socioambiental que conecta, de forma positiva, inovação e sustentabilidade.
Na FAO (Organização das Ações Unidas para a Alimentação e a Agricultura), que lidera ações ao redor do mundo para combater a fome e a pobreza, há um lema fundamental para os tempos atuais em nossos mares:
“Pescar melhor, e não mais”.
Isso porque hoje, cerca de 35% do que é pescado no mundo é desperdiçado. E essa falta de aproveitamento de pescados não é só um prejuízo ambiental, como também financeiro. É fonte de receita para a pesca não sendo aproveitada. Mas esse desperdício pode chegar a zero, e a Olha o Peixe tem como um dos grandes focos há 7 anos, estudando bons exemplos pelo mundo e aprendendo com diversos parceiros que atuam na pesca artesanal brasileira.
É importante ressaltar que, muitas vezes, o que é desperdiçado pela pesca artesanal é por ainda não ser de conhecimento dos pescadores os possíveis usos daquele pescado ou parte dele, bem como a enorme maioria das comunidades pesqueiras não possui a infraestrutura necessária para um melhor aproveitamento. Ao mesmo tempo, diversas espécies são deixadas de vender por não ser de conhecimento do cliente as possíveis receitas e preparos, resultando em baixo valor comercial e demanda de mercado.
Em 2020, atuei como consultor do escritório da América Latina e Caribe da já citada FAO, em um projeto que tinha, entre um dos objetivos, mapear e apresentar boas práticas de aproveitamento de pescado ao redor do mundo, e a lista de utilidades das partes de pescado é imensa! Há uso de algas para culinária, couro de peixe para artesanato, vísceras para alimentação de animais em zoológicos, espinhas de peixe para agricultura e até água-viva empanada na gastronomia oriental.
Conhecendo essas diversas possibilidades, ao fundar a Olha o Peixe, quis tentar colocar em prática essa lógica de “pescar melhor”, reduzindo desperdício de pescados, popularizando espécies pouco tradicionais no mercado (mas com incrível qualidade e sabor), e agregando valor aos produtos e profissão de quem vive da pesca artesanal.
O que a Olha o Peixe faz hoje, para mudar esse cenário de desperdício de pescados
1 – Aproveitamento da “misturinha”: há pescarias que ainda, inevitavelmente, acabam capturando espécies chamadas de “fauna acompanhante”, ou seja, que não eram o alvo da pescaria mas acabam sendo pescadas junto com a espécie-alvo. Na pesca de camarão, por exemplo, que possui uma malha de rede menor, algumas espécies de menor tamanho acabam sendo pescadas com os camarões, como as manjubas, sardinhas, clarianas, pescadinhas. Sabendo que acabam sendo descartadas no mar já sem vida, já tivemos 2 frentes de atuação para melhor destino: conectar o pescador de camarão ao pescador de siri (que as usa para isca nas armadilhas de siri), fazendo o transporte desses pescados para aos mesmos, e vendendo esses pequenos peixes à Universidade Federal do Paraná (UFPR), para alimentação de animais em reabilitação tratadas na unidade de Pontal do Sul. Em ambas as situações, com melhor destinação e geração de renda para o que até então era desperdiçado, buscamos não só um melhor aproveitamento como um valor financeiro complementar aos pescadores, para que cada vez mais precisem ir menos horas e dias ao mar para obterem a renda mensal que precisam. Assim, pescadores parceiros como o Michael, o Juca e o Misael, de Ipanema, nos ajudam a fornecer pescado não somente para clientes humanos, como também para pequenos pinguins, gaivotas e outros animais que chegam debilitados em nosso litoral. Já são mais de 500 kg de peixes que seriam jogados fora e acabaram gerando renda, dessa forma, aos pescadores.

2 – Popularização de espécies antes descartadas: entendemos que as dezenas de espécies de pescado do litoral do Paraná ainda pouco consumidas, e muitas vezes dispensadas no mar, possuíam baixa demanda não por terem sabor ruim, mas por não serem conhecidas do público em geral, ou seus melhores temperos e receitas não serem tão conhecidos. Por isso, começamos a envolver chefs de cozinha e clientes parceiros para testes com pescados menos populares, como a clariana, o peixe espada, o bacucu, a prejereba e o atunzinho. Este último é o principal exemplo: muitas vezes seus cardumes eram vistos pelos pescadores no mar, mas era escolhido não capturá-lo por a venda não compensar o alto gasto de manutenção na rede (o atunzinho, ou bonito, é um animal forte e faz grandes rasgos nas redes). Outras vezes, eles eram capturados acompanhando cardumes de cavala e eram devolvidos no mar ou doados na praia, por não ter venda a atravessadores. Sendo assim, no começo da atuação da Olha o Peixe, foram realizados testes da espécie na culinária oriental (sashimi, sushi, etc) e a avaliação foi positiva, bem como de sua posta e filé assados na grelha ou forno por nossos consumidores finais. Dessa forma, hoje o atunzinho é um dos campeões de venda da empresa, e frequentemente comprado dos pescadores para a comercialização. Somente em 2025, foram 990,6 kg adquiridos pela Olha o Peixe, gerando mais de R$ 7.300 em renda para os pescadores, de uma espécie que antes não tinha aproveitamento e venda.

3 – Aproveitamento de partes do pescado para a comercialização: em média, para a produção de filés de peixe e limpeza de camarões, temos aproveitamento de 50%. Ou seja, para que se tenha 1 quilo de filé de peixe, são necessários 2 quilos de peixe inteiro. Muitas vezes, esses outros 50% dos peixes e camarões são descartados, por não haver aproveitamento. Esse descarte, não só gera uma perda de renda com esses riquíssimos insumos para a culinária, como frequentemente são responsáveis pelo mau cheiro em bancas e peixarias, além de poluição atmosférica quando queimados, visual quando descartados na beira da praia, contaminação do solo quando enterradas ou aumento dos gastos públicos quando destinados a aterro sanitário. Entendendo esse contexto socioambiental e sabendo que há diversos preparos com partes do pescado, por chefs de cozinha e comunidades pesqueiras, que eram jogadas fora por não ter grande venda ao consumidor final, passamos a construir uma operação de aproveitamento com as pescadoras que limpavam nossos pescados. Dessa forma, hoje vendemos cascas e cabeças de camarão (para preparo de caldo, pirão, farofa e manteiga de camarão, por ex) e cabeças e aparas de peixes (para caldos e pirões). Assim, quanto mais novos produtos conseguimos criar a partir de um melhor aproveitamento, menos desperdício e resíduos na pesca, mais produtos novos para o consumidor e melhor renda para as comunidades pesqueiras parceiras da Olha o Peixe.

4 – Projeto Pesca Artesanal Lixo Zero (saiba mais aqui): visando oportunizar uma estrutura para a pesca artesanal ter melhor aproveitamento do pescado e gerar novos produtos, se tornando mais sustentável, a Olha o Peixe recebeu apoio da Fundação Grupo Boticário para iniciar, em 2025, o projeto Pesca Artesanal Lixo Zero, o qual viabiliza uma estrutura com cozinha, biodigestor, máquina despolpadeira e estrutura para que seja aproveitado 100% do pescado (couro para artesanato, espécies menores e partes do pescado para culinária, espécies com muito espinho e espinhas de peixe para criação da carne desfiada de peixe, vísceras e outras partes transformadas em adubo e biogás que alimenta a cozinha). Atualmente, estamos em fase de preparação do terreno em Pontal do Sul, na cidade de Pontal do Paraná, e emissão de alvará para implantação desse projeto inovador, já desenhado pelos parceiros da MBP Peixe Limpo. Em 2026, com a estrutura pronta, não só queremos contribuir com a sustentabilidade das comunidades que fornecem pra Olha o Peixe, mas também receberemos lideranças da pesca de todo o Brasil interessadas em replicar o modelo e lógica de trabalho, com visitas guiadas em nosso novo espaço, além de vídeos e manuais escritos que apresentam o modelo, para que possa ser replicado em todo o país.

Com esse pilar de atuação desde 2018, a Olha o Peixe se consolida como um modelo inovador viável para a pesca artesanal brasileira, e já compartilha esse conhecimento e experiências por meio de consultorias e capacitações em 6 estados do Brasil, para mais de 40 cidades com atuação na pesca artesanal.
Além disso, na lógica de pescar melhor, e não mais, gera mais renda com o que já se pesca hoje, ao invés de estimular mais pescaria para aumentar os ganhos dos pescadores. Isso se faz com agregação de valor ao pescado, popularização de espécies locais e criação de práticas diferenciadas com os produtos, reduzindo desperdício. Se um pescador ganhar mais dinheiro pescando menos, é menor impacto ambiental e mais benefícios a ele: redução do esforço físico, mais tempo em casa com a família, mais tempo para se dedicar em reuniões que o representam, menos risco de vida em dias de mar agitado.
Quando você opta por um pescado da Olha o Peixe, você escolhe um produto que tem um rastro de menor impacto ambiental. Que pode chegar a zero, inclusive com seu apoio.
Compre da Olha o Peixe, clicando aqui, e seja parte dessa mudança!
Escrito por:
Sextou com Sabor e Saúde: A Inspiração da Merenda Escolar de Pontal do Paraná no Litoral!
Sextou com Sabor e Saúde: A Inspiração da Merenda Escolar de Pontal do Paraná no Litoral!
Hoje, 24 de Outubro, é sexta-feira, e o final de semana se aproxima, mas a gente aproveita para celebrar uma iniciativa que está mudando para melhor a rotina dos alunos de Pontal do Paraná: a merenda escolar!
Graças à parceria da Prefeitura Municipal com a empresa de impacto social Olha o Peixe, os mais de 4 mil alunos da rede municipal e dos CMEIs estão consumindo um pescado de altíssima qualidade, que vem diretamente da pesca artesanal do nosso próprio município.
Qualidade e Economia Local Andando Juntas
O projeto é muito mais que um item no cardápio; ele é um motor de desenvolvimento que garante um ciclo virtuoso em Pontal do Paraná:
- Nutrição de Primeira: Espécies ricas em nutrientes, como pescadinha, betara e peixe-porco, são fornecidas em filé puro, garantindo uma alimentação saudável, rica em ômega-3 – crucial para o desenvolvimento e aprendizado das crianças.
- Fortalecimento da Pesca Artesanal: A Prefeitura investe diretamente na compra desse pescado, injetando recursos e valorizando o trabalho das nossas famílias de pescadores. A Olha o Peixe garante um comércio justo, comprando o produto a um valor negociado com quem realmente pesca.
- Renda e Dignidade: O processo de filetagem e embalagem do pescado é realizado por membros da própria comunidade pesqueira, gerando mais empregos e garantindo que o valor desse trabalho permaneça em nosso município.
Um Modelo de Sucesso para o Litoral
O projeto foi celebrado na entrega dos primeiros lotes, com a participação do Prefeito Rudão Gimenes, que resumiu o ganho duplo para a cidade:
"Nossas crianças recebem peixes pescados em nosso litoral, com garantia de qualidade e procedência. Isso incentiva a pesca artesanal, movimenta o comércio local e leva mais saúde para a mesa dos alunos”, afirmou.
O modelo implementado em Pontal do Paraná, em colaboração com a Olha o Peixe, é um exemplo inspirador de como podemos unir saúde infantil, sustentabilidade e valorização da identidade local em um único programa.
#SextouSaudável #PontalDoParaná #OlhaOPeixe #MerendaEscolar #PescaArtesanal
Peixe paranaense a escolha preferida dos curitibanos
O peixe paranaense vem conquistando cada vez mais espaço na mesa dos curitibanos. Por conta da qualidade e proveniente da pesca artesanal, ele se destaca como uma opção nutritiva, sustentável e cheia de sabor. Dessa forma, além de apoiar a economia local, quem escolhe o peixe paranaense da Olha o Peixe garante uma alimentação sem conservantes e com praticidade no dia a dia.
Consumo de peixes cresce no Brasil
O consumo de pescado vem crescendo no Brasil, e cada vez mais consumidores estão buscando alternativas saudáveis, sustentáveis e de confiança. Dessa maneira, o peixe paranaense vem se destacando como uma das opções mais valorizadas, e não é por acaso.
Ocasionalmente, a Olha o Peixe vem se destacando como uma opções de pescados de qualidade, sustentáveis e diretamente da pesca artesanal.

1. Peixes paranaense sem conservantes
Diferente de muitos produtos industrializados, o peixe paranaense vendidos pela Olha o Peixe não leva aditivos químicos ou conservantes. Ele chega ao consumidor limpo e pronto para ser preparado, preservando todos os nutrientes essenciais, como proteínas magras e ômega-3. Essa pureza faz dele uma alternativa ideal para quem busca qualidade e saúde na alimentação.
2. Praticidade e sabor na sua mesa, com entregas de peixes
Com o Clube de Pescados e o serviço de compras avulsas, ficou ainda mais fácil incluir o peixe paranaense no cardápio mensal. Ele pode ser entregue diretamente na porta de casa, facilitando a rotina e garantindo refeições rápidas, saborosas e nutritivas.
3. Peixe paranaense da pesca artesanal e sustentável
Consumir peixe paranaense também significa fortalecer a pesca artesanal do litoral do Paraná. Já que essa prática tradicional respeita o meio ambiente, mantém o equilíbrio dos ecossistemas e gera renda para famílias de pescadores locais. Cada compra é um ato de apoio à cultura, à biodiversidade e à sustentabilidade.
4. Por que escolher o peixe paranaense?
- Mais qualidade, saudável e sem conservantes.
- Apoia os pescadores artesanais do Paraná.
- Contribui para uma alimentação equilibrada.
- Pode ser adquirido com praticidade, direto em Curitiba e região
O peixe paranaense não é apenas uma escolha de alimentação, mas um compromisso com a saúde, o meio ambiente e a valorização da cultura local.
Nesse sentido, experimente essa diferença você também: conheça nossa loja online ou faça parte do Clube Olha o Peixe e receba pescados de qualidade e selecionados direto na sua casa.
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Sobre a Olha o Peixe!
A Olha o Peixe é um empreendimento social que nasceu para fortalecer a pesca artesanal e levar pescados sustentáveis aos consumidores, garantindo rastreabilidade, qualidade e apoio às comunidades pesqueiras do Paraná. Portanto, o projeto conecta quem pesca e quem consome, promovendo um modelo de comércio justo e consciente.
Todos os produtos podem ser encontrados no site:
Compras avulsas: loja.olhaopeixe.com.br/todos
Clube de Pescados: loja.olhaopeixe.com.br/clube
Mais informações:
Instagram: @olhaopeixee
Restaurantes parceiros Olha o Peixe em Curitiba e Morretes
Os restaurantes parceiros Olha o Peixe vêm conquistando espaço em Curitiba e Morretes ao valorizar ingredientes regionais e pescados artesanais com rastreabilidade e sabor. Neste artigo, você vai conhecer quatro desses locais que transformam propósito em pratos cheios de identidade e qualidade.
Essa parceria garante que peixes da pesca artesanal cheguem a diferentes tipos de cozinha, do prato feito ao menu autoral, com rastreabilidade, menos intermediários e sabor preservado.
4 restaurantes parceiros Olha o Peixe
1. Marco Zero (Curitiba)

O bistrô Marco Zero é mais do que um restaurante: é um ponto de encontro entre arte, vida urbana e gastronomia. Com eventos, feirinhas e oficinas, ele prioriza ingredientes locais e sazonais, sendo a comida caiçara a estrela das quintas-feiras. Segundo o chef Rodrigo Maurer, "o pescado que mais se adaptou foi a cavala… se for falar de gosto pessoal do chef, seria o atunzinho, saboroso e com textura firme" conta Rodrigo Maurer, chef do Marco Zero.
Por outro lado, a escolha pelos produtos da Olha o Peixe veio pela confiança na procedência e no contato direto com a equipe. “Produtos de extrema qualidade, as curiosidades que tem na etiqueta do produto, a conexão com a equipe da Olha o Peixe, produtos locais.”
“Conheço a Olha o Peixe desde 2021, sempre achei sensacional a ideia do projeto de trabalhar com produtores locais e aqui no Marco Zero um dos nossos principais dilemas é conectar os produtores locais com os criativos urbanos! E vejo que a Olha o Peixe e o Marco Zero tem um propósito em conjunto que é acreditar no coletivo! Tornando um parceiro muito importante!”, complementa o chef do Marco Zero.
2. Ekôa Park

A gastronomia do Ekôa Park, em Morretes (PR), é mais do que sabor: é uma experiência que conecta quem está no prato com as origens do alimento, os territórios e as pessoas que tornam isso possível. E é por isso que a Cavala, um pescado de sabor marcante, se tornou a estrela do cardápio atual do restaurante, em uma criação assinada pelo Chef Rodrigo.
Segundo o chef, a cavala casa perfeitamente com os demais elementos do prato: “Atualmente a Cavala é a grande estrela do nosso cardápio! Muito pelo sabor marcante que ela tem e que casa muito bem com os demais itens do nosso prato, elementos que mostram as raizes caiçaras mas com um toque refinado!”.
A escolha de trabalhar com a Olha o Peixe veio naturalmente, conforme ele conta. “Pela iniciativa que vocês tiveram de priorizar as pequenas comunidades caiçaras e conectar cada pescador e sua família, essa inclusão aliada com a ótima qualidade dos produtos e do serviços prestados”.
De acordo com o chef Rodrigo, a escolha por ser um dos restaurantes parceiros Olha o Peixe está diretamente ligada ao propósito. “A ideia sempre foi prezar pela sustentabilidade na nossa gastronomia e aliar isso as nossas raizes, as tradições e riquezas do nosso litoral! Essa conexão com a mãe Terra e o mar fizeram sentido desde o primeiro momento que ficamos sabendo sobre o projeto da Olha o Peixe!”.
No Ekôa Park, a experiência de visita passa pela imersão em natureza, cultura e agora também pelos sabores que carregam o mar paranaense. Um exemplo claro de como a cadeia do pescado artesanal pode ser sustentável, valorizada e cheia de sabor.
Leia também: Peixe paranaense a escolha preferida dos curitibanos
3. Empório do Largo (Morretes)

Beirando o Rio Nhundiaquara, o Empório do Largo é um restaurante que une gastronomia e cultura no coração de Morretes. E entre os peixes favoritos está um velho conhecido da nossa costa: o filé de cavala.
“Temos dois pratos no cardápio que ficam incríveis com a cavala.” conta Maicon Magalhães. A escolha pelos produtos da Olha o Peixe veio pela confiança na procedência e qualidade. “Escolhemos trabalhar com a Olha o Peixe pela qualidade dos produtos. Os dois lados prezam por isso.”, conta Maicon Magalhães, da Equipe da Empório
4. Roast Beef & Cia (Curitiba)

Em um restaurantes por quilo localizado no bairro Bom Retiro, em Curitiba, o sabor também importa. Mas o cuidado vai além.
“Compramos o camarão 7 barbas da Olha o Peixe. É mais saboroso, e o fato de ser natural e sem conservantes é o que mais me atrai”, compartilha Katia, a proprietária do espaço.
Você também quer seu estabelecimento sendo parceiro da pesca artesanal e recebendo os pescados da Olha o Peixe regularmente?
Nos mande uma mensagem!
O Paraná é o estado que menos consome pescado no Brasil. Vamos mudar isso?
De acordo com o Brasil em Mapas, cada paranaense consome, em média, menos de 1 kg de pescado por ano. Enquanto isso, no Amazonas, o consumo chega a 14 kg por pessoa. Esse consumo reduzido reflete desafios logísticos, culturais e até econômicos, que compartilhamos com mais detalhes em: Por que o peixe não sobe a serra paranaense?

Fonte: Brasil em Mapas
Queremos transformar o Paraná em referência no consumo de pescados sustentáveis. E isso começa com pequenas escolhas, como a sua. O modelo de negócio da Olha o Peixe, facilita o acessos de Curitiba e Região ao peixes e frutos do mar do litoral paranaense. Isso porque entregamos direto na sua porta pescados de qualidade, limpos e rastreados, com praticidade e propósito.
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Como você pode ser parte dessa saída do Paraná da última posição no ranking nacional
1. Peixe mais suaves

Imagem: Original - Olha o Peixe! (2025)
Iniciando a transição de consumo com pescados de sabor mais suave: os filés de pescada branca, pescadinha, betara, peixe porco, peixe espada, linguado, robalo e prejereba são de carne branca e muito suave, sendo uma ótima primeira experiência.
2. Peixes mais nutritivos

Imagem: Original - Olha o Peixe! (2025)
Dados: Tabela Brasileira de Composição de Alimentos – TACO
Optando por pescados mais nutritivos que outras carnes: além de terem valor nutricional importante, trazendo consigo o Ômega 3, por exemplo, temos em nosso litoral espécies com menos gorduras e mais proteínas com outras carnes.
3. Peixes mais acessíveis

Imagem: Original - Olha o Peixe! (2025)
Escolhendo pescados de valor mais acessível: peixes como sardinha, clariana, peixe espada, salteira, xaréu, atunzinho e betara podem ser entregues em sua casa com frete grátis e menos de 65 reais no quilo. Em comparação com outras carnes, que estão na faixa de 30 a 50 reais (sem custo de entrega), e que muitas vezes vêm acompanhadas de pele, gordura, osso, que reduzem o aproveitamento do quilo, você pode ter um produto nutritivo, saudável, que gera benefícios sociambientais e que te traz a comodidade de receber em casa!
Decidindo consumir com propósito: na contramão da produção em larga escala, com uso de transgênicos, remédios, agrotóxicos e alto impacto ambiental, os pescados vindos da pesca artesanal são de pescarias de pequena escala, alta importância pras famílias produtoras e fundamental para a manutenção da tradição da cultura caiçara. E esses produtos chegam pra você com a Olha o Peixe, inclusive com sugestões de preparo e informação de qual pescador pescou, no rótulo.
Sobre a Olha o Peixe!
A Olha o Peixe nasceu para fortalecer a pesca artesanal e levar pescados sustentáveis aos consumidores, garantindo rastreabilidade, qualidade e apoio às comunidades pesqueiras do Paraná. O projeto conecta quem pesca e quem consome, promovendo um modelo de comércio justo e consciente.
Todos os produtos podem ser encontrados no site:
Compras avulsas: loja.olhaopeixe.com.br/todos
Clube de Pescados: loja.olhaopeixe.com.br/clube
Mais informações:
Instagram: @olhaopeixee
Por que o peixe não sobe a serra paranaense?
Aposto que você nunca viu peixes como Paru, Pescadinha, Betara ou Clariana, típicos do nosso litoral paranaense, disponíveis nos mercados locais. Essa ausência não é mera coincidência; diversos fatores contribuem para que esses pescados não "subam a serra" e cheguem às prateleiras dos supermercados em Curitiba e região.
Segundo o Brasil em Mapas, cada paranaense consome, em média, apenas 1kg de pescado por ano, enquanto no Amazonas esse número chega a 14kg por pessoa. Esse consumo reduzido reflete desafios logísticos, culturais e até econômicos.

Conflitos de espaço e recursos
A produção em larga escala, por exemplo, de tilápia e salmão, impulsionada pela demanda do mercado e pela facilidade de cultivo em cativeiro, acaba “ofuscando” as espécies nativas do nosso litoral. Isso reduz a valorização dos pescados locais e dificulta sua presença nos mercados e restaurantes, impactando a pesca artesanal e a economia das comunidades costeiras.
Aspectos culturais
Outro aspecto relevante é a falta de conhecimento e demanda por parte dos consumidores. Muitos paranaenses não estão familiarizados com as espécies locais e, consequentemente, não as procuram nos pontos de venda. Essa baixa demanda desestimula comerciantes a investirem na oferta desses pescados, perpetuando o ciclo de invisibilidade das espécies regionais no mercado.
Logística
Além disso, a logística desempenha um papel crucial nessa questão. A infraestrutura necessária para transportar pescados do litoral até os centros urbanos do interior é complexa e custosa.
A Olha o Peixe! surgiu justamente para mudar esse cenário.
Com um modelo de venda direta e parceria com pescadores locais, levamos do mar à mesa peixes mais sustentáveis, garantindo que o pescado paranaense seja valorizado e acessível a quem quer consumir melhor.
Além disso, temos negociações mais justas com os pescadores, onde definimos conjuntamente os preços de compra dos pescados, valorizando, assim, essa rica atividade tradicional. Para isso acontece, temos vendas avulsas e Clube de Pescados que atende Curitiba e Região
Acesse nosso site AQUI e descubra as delícias do mar que já estão esperando por você!
Saiba mais:
- O que é um Clube de Pescado
- Como assinar o Clube de Assinatura de Pescado da Olha o Peixe
- 7 vantagens do Clube de Pescados
- Conheça os planos e mobilidades
Sobre a Olha o Peixe
A Olha o Peixe nasceu para fortalecer a pesca artesanal e levar pescados sustentáveis aos consumidores, garantindo rastreabilidade, qualidade e apoio às comunidades pesqueiras do Paraná. O projeto conecta quem pesca e quem consome, promovendo um modelo de comércio justo e consciente.
Todos os produtos podem ser encontrados no site:
Compras avulsas: loja.olhaopeixe.com.br/todos
Clube de Pescados: loja.olhaopeixe.com.br/clube
Mais informações:
Instagram: @olhaopeixee
Agosto, o mês do desgosto
Você já ouviu esse dizer acima?
Na pesca artesanal do Paraná é muito comum ouvirmos das pescadoras e pescadores essa referência ao mês de agosto. Isso porque tradicionalmente este é um mês de dificuldades na pesca: são poucos dias de pescaria, e, nesses dias, geralmente poucas capturas de pescado.
E não é uma lenda popular, faz muito sentido! E vamos te explicar porque, com 3 motivos principais:
1 - Influência das Marés
No período de agosto a setembro estamos próximos do equinócio da primavera, e por conta da atração gravitacional nessa relação da posição do Sol com o Planeta Terra, temos marés muito altas.
Com essa intensidade das marés, ocorre o que os pescadores chamam de "força de maré", que atrapalha muito a pescaria com redes, já que elas embolam na tentativa de capturar um cardume, ou se deslocam grandes distâncias quando deixadas no mar de um dia para o outro.
Como se não bastasse essa influência, as marés mais fortes desse período também podem sofrer duas influências: as fases da lua, e a condição meteorológica. Se já sabemos que em agosto e setembro temos tendência a marés fortes, imagina quando somamos essa condição a uma semana de lua cheia ou lua nova? Esse efeito se potencializa.
E como se não bastasse, a meteorologia também vai influenciar…

2 - Ventos fortes e frequentes
Neste mês também é muito comum vermos o tempo instável, com mudanças bruscas de temperatura no Paraná. Além disso, é comum no litoral termos semanas inteiras de ventos fortes, sobretudo vento sul (trazendo frente fria).
Com esses vários dias e ventos (correspondendo geralmente a metade do mês ou até mais), o mar também fica agitado e o risco na navegação e uso de redes no mar se torna muito alto, fazendo com que os pescadores prefiram ficar em casa. Com essa decisão, eles deixam de obter renda na pesca, mas ao mesmo tempo evitam o risco de terem prejuízo com perda de redes, embarcação estragada ou até mesmo risco de vida à tripulação.
3 - Período entressafra
Em agosto, por entrarmos num período de final dos dias mais frios e início dos dias mais quentes, também percebemos essa dinâmica na temperatura das águas. Dessa forma, é comum que espécies de pescados com safra no inverno (com águas mais frias, como tainha, linguado, camarão branco) comecem a deixar de aparecer na costa do Paraná, ao mesmo tempo que as espécies de águas mais quentes (como peixe porco, salteira, bagre, paru) ainda não estão ocorrendo em nosso litoral.
Assim, agosto se torna um mês de muita incerteza e pouca captura de pescados pelas comunidades de pesca artesanal do Paraná. Isso reflete diretamente na renda dos pescadores nesse período: se não tiveram boas capturas de cavala e tainha no frio, dificilmente terão reserva financeira e passarão por um período de grande dificuldade econômica.
Agora que você já conhece porque agosto costuma ser o mês do desgosto na pesca paranaense, topa ser parte da rede que fortalece o trabalho dessas famílias do nosso litoral?
Compre pescados da Olha o Peixe e apoie uma causa importante, recebendo em casa pescados mais sustentável, de qualidade e com muita informação de qualidade para facilitar o seu preparo!
Leia também: Peixe paranaense a escolha preferida dos curitibanos
Agora é possível apoiar a Olha o Peixe de qualquer lugar!
Agora você pode ser do Clube da Olha o Peixe mesmo não morando no Paraná!
Nosso propósito
A Olha o Peixe surgiu e atua há quase 5 anos com um foco principal: fortalecer a pesca artesanal e promover o consumo consciente de pescado, contribuindo para menor impacto ambiental nas pescarias e na cadeia de fornecimento.
Leia também: Onde comprar peixe em Curitiba (e receber em casa!)
Comprar pescados da Olha o Peixe é optar por um produto sem conservantes e de pescarias mais sustentáveis, vindos da economia local, de comunidades tradicionais. Também é optar por fazer parte de uma rede que quer aliar qualidade no consumo com redução de desigualdades, menor emissão de carbono na logística mais curta, menos desperdício na captura e no processamento do alimento.
Acreditamos que a criação desse modelo de negócio gera benefício social, econômico e ambiental!
Um Clube para quem quer apoiar nossa causa!
Mas também percebemos que temos uma grande rede de pessoas e instituições que acreditam em nosso trabalho, apoiam nossa causa mas não conseguem ou não podem consumir nossos pescados para nos apoiar. Dentre alguns motivos: não reside na nossa área de entregas, tem restrições alimentares, possui uma rotina que inviabiliza a recorrência de compras, não faz refeições em casa, etc.
Por conta disso e por querer levar nosso conhecimento a cada vez mais cidades, espaços e pessoas, convergindo com nosso propósito de atuação, criamos o Clube de Assinatura - Apoiando a Causa!
Com ele, esse público agora pode escolher um dos nossos planos mensais (100 ou 200 reais) e contribuir diretamente com nossa causa!
Com esses recursos, queremos utilizar os conhecimentos e experiência de mais de 10 anos de nossa equipe em ações de educação ambiental em escolas, comunidades pesqueiras parceiras e eventos públicos, por meio do compartilhamento de conhecimento, em linguagem acessível, relacionado à cultura caiçara, Década dos Oceanos, ODS 14 e sustentabilidade marinha, pesca artesanal e pescados locais.
Assim, queremos promover o consumo consciente não só de pescados mas com boas práticas que reduzam nossa pegada ambiental e impacto nos oceanos. Dessa forma, queremos sensibilizar nossa sociedade, inclusive a que não vive em área litorânea, para a mudança de hábitos em prol de oceanos mais saudáveis e da redução desigualdade socioeconômica, que é urgente, despertando para a ação tanto os mais jovens como os adultos.
A Década dos Oceanos (2021-2030): por que não falamos dela?
ODS 14 e Década dos Oceanos
Faltando 7 anos para o cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), aproveito para trazer uma breve análise de uma das ODS que hoje a Olha o Peixe tem maior contribuição, além de estar intimamente relacionada à formação da nossa equipe, em maioria Oceanógrafos e Oceanógrafas: a ODS 14 - Vida na Água, que trata da "Conservação e uso sustentável dos oceanos, dos mares e dos recursos marinhos para o desenvolvimento sustentável"
As metas associadas a esse Objetivo (confira aqui) abrangem:
- Redução da poluição marinha
- Gestão sustentável dos ecossistemas marinhos e costeiros
- Redução dos impactos da acidicação dos oceanos
- Pesca sustentável e regularizada
- Criação de áreas marinhas protegidas
- Aumentar o conhecimento científico em tecnologia marinha
- Fortalecer o acesso e o mercado da pesca artesanal (ONDE PRINCIPALMENTE ATUAMOS)
- Criação de políticas públicas para conservação dos oceanos e uso sustentável de seus recursos

Os desafios não só para o Brasil, como para os demais países é complexo, mas possível. E devemos entender a pertinência desses temas e urgência de uma atuação, seja como indivíduos, instituições ou governos. Pois nós mesmos sentiremos o impacto da falta de ação e engajamento em prol dos oceanos.
E por todo esse cenário problemático e carência de ações concretas, 2021 a 2030 foi declarado pela ONU como a Década dos Oceanos, mas você já tinha ouvido falar disso?
Ou melhor, vê com constância na televisão, internet ou jornal o tema?
Na sua opinião, porque falamos pouco sobre os oceanos e sobre a Década, mesmo grande parte da população brasileira vivendo em região costeira?
Se analisarmos ainda como o Brasil conduz os esforços em relação a ODS 14, o cenário é ainda mais preocupante: temos hoje apenas 10 indicadores criados para monitoramento dos avanços em relação às metas estabelecidas para ela. Dos mesmos, temos 5 deles sem dados no país para análise, 2 em análise/construção e somente 3 produzidos e tendo monitoramento. São eles:
- Número de países com progressos na ratificação, aceitação e implementação, através de quadros legais, políticos e institucionais, de instrumentos relacionados com o oceano que implementam o direito internacional, tal como refletido na Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar, para a conservação e uso sustentável dos oceanos e seus recursos: Em análise/construção
- Progresso dos países relativamente ao grau de aplicação de uma estrutura (enquadramento) legal/ regulamentar/político e institucional que reconheça e proteja os direitos de acesso dos pescadores de pequena escala: Produzido
- Proporção do total do orçamento de pesquisas alocado para pesquisas na área da tecnologia marinha: Em análise/construção
- Pesca sustentável como uma proporção do Produto Interno Bruto (PIB) de pequenos Estados insulares em desenvolvimento, (Small Islands Developing States), de países menos desenvolvidos e todos os países: Sem dados
- Progresso dos países, relativamente ao grau de implementação dos instrumentos internacionais visando o combate da pesca ilegal, não registrada (declarada) e não regulamentada (IUU fishing): Produzido
- Cobertura de áreas marinhas protegidas em relação às áreas marinhas: Produzido
- Proporção da população de peixes (fish stocks) dentro de níveis biologicamente sustentáveis: Sem dados
- Acidez média marinha (pH) medida num conjunto representativo de estações de coleta: Sem dados
- Número de países que utilizam abordagens baseadas em ecossistemas para gerenciar áreas marinhas: Sem dados
- Índice de eutrofização costeira; e (b) densidade de detritos plásticos: Sem dados

Analisando tais indicadores e a carência atual de avanços, percebemos que apesar da costa de dimensão continental do Brasil, nem o fato de estarmos na Década dos Oceanos trouxe até o momento resultados significativos para a sustentabilidade dos oceanos.
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Precisamos urgente de uma lei do mar e um regramento participativo da pesca, que envolva e represente as comunidades pesqueiras, e esteja adequado à heterogeneidade de culturas, conhecimentos, práticas e condições ecossistêmicas.
Precisamos de instrumentos, políticas públicas e mecanismos para que governos e instituições priorizem as compras de produtos da pesca artesanal, com o intuito de reduzir desigualdades e promover justiça social.
Precisamos de um Instituto do Mar/dos Oceanos, com estrutura e corpo técnico capaz de monitorar nossa costa, produzir estatística pesqueira e chancelar certificação de pescarias que seguem boas práticas e são mais sustentáveis, já que hoje não há como falar de sustentabilidade pesqueira sem dados pesqueiros consistentes que confirmem conclusões.
Precisamos de mais unidades de conservação marinhas, desde que com envolvimento da sociedade e participação das comunidades pesqueiras que afetadas, para aliar conservação e tradição, preservando nossa fauna, flora, ambientes e culturas.
Precisamos de políticas efetivas para a redução na produção, uso e descarte de plásticos e outros poluentes aos oceanos, com esforços para engajamento da sociedade.
Precisamos, sobretudo, que tais temas sejam mais falados e divulgados. Que a saúde dos oceanos seja tema de conversa entre amigos, seja diariamente abordada na grande mídia. Que tenhamos mais programas, filmes e matérias sobre a costa brasileira, que conectemos universidades e seu conhecimento técnico com a população por meio de linguagem acessível, que a gente possa dar o mesmo peso das comunidades indígenas e quilombolas às comunidades pesqueiras e que, quem sabe, possamos demarcar os territórios e maretórios.
E que possamos, enfim, ver os 10 indicadores produzidos, com dados, mas também com resultados efetivos na mudança de hábitos, na gestão sustentável, no exemplo do Brasil como país que entende a importância das águas que banham sua costa.

REFERÊNCIAS:
ONU Brasil - https://brasil.un.org/pt-br/sdgs/14
ODS Brasil - https://odsbrasil.gov.br/relatorio/sintese
Mudando meus hábitos no consumo de pescado
O Ano Internacional da Pesca e Aquicultura Artesanal está chegando ao fim... o que posso fazer em 2023? Assim como na produção de hortaliças, as grandes empresas dominam o mercado de pescado devido a alguns fatores:
- Maior estrutura de distribuição e fornecimento;
- Maior poder de marketing;
- Produção em larga escala, reduzindo seus preços unitários e tornando mais acessível ao consumidor.


Mas porque os produtos da pesca artesanal dificilmente chegam nas cidades não-litorâneas?
1 - A pesca artesanal, em geral, não possui a estrutura de distribuição das grandes indústrias e os pescadores, que chegam a ficar até 10h no mar pescando, não conseguem também se dedicar à comercialização.
2 - Há poucas políticas públicas e fomentos à estruturação das comunidades tradicionais de pesca para que estejam regularizadas com requisitos e selos sanitários que as habilitem a comercialização a supermercados, empórios e outros estabelecimentos.
3 - Atualmente, quando chegam, têm menor demanda de consumo que espécies já tradicionais, de pescas ou cultivos de outros países e estados, como salmão, bacalhau, tilápia, atum e merluza.
Entendendo esse contexto desfavorável, a Olha o Peixe atua há 4 anos como elo entre a pesca artesanal e a sociedade, trabalhando em parceria com as comunidades pesqueiras na compra de pescado a valores justos para comercialização a regiões não-litorâneas. Além da própria venda, entendendo a lacuna de informação, trabalhamos para capacitar consumidores a respeito das safras, status de conservação, características das espécies, formas de pescaria e também receitas e usos para cada pescado local.
Dessa forma, queremos estimular o consumo de produtos da pesca artesanal, para aumento da renda de pescadoras e pescadores, bem como redução de desigualdade socioeconômica, com fortalecimento da economia local, e promoção de um consumo de pescados menos impactante.
Ainda, recentemente a Olha o Peixe produziu um passo a passo didático para contribuir com a estruturação do beneficiamento e comercialização de pescados das comunidades tradicionais do país, com a intenção de auxiliar a pesca artesanal no acesso ao mercado de consumo de pescados.

E porque seria importante que priorizássemos pescados da pesca artesanal?
- Por serem pescarias diárias, o peixe pescado pela pesca artesanal é limpo no mesmo dia em que sai do mar, e tem maior frescor por isso.
- Com pescarias diversificadas e com menor poder de captura, o impacto da pesca artesanal, de pequena escala, é menor se comparado às grandes embarcações industriais.
- Apoiando a categoria, estamos não só fortalecendo a economia local como fomentando a manutenção das tradições pesqueiras e os modos de vida dessas comunidades historicamente vinculadas aos nossos litorais.
Como posso mudar meu hábito, para consumir um pescado local da pesca artesanal?
- Se tiver acesso, compre direto das embarcações de pescadores ou vá em bancas de peixe de pescadoras e pescadores locais.
- Se não tiver acesso, busque iniciativas que levam o pescado local, da pesca artesanal, até você, como a Olha o Peixe.
- Esteja disposta(o) a desbravar novos sabores e opções. Há muitos peixes e frutos do mar da pesca artesanal com preço baixo, qualidade nutricional, sem espinhos e excelente sabor.

Sugestões de alternativas locais:
Alternativa à posta de cação: posta de cavala (serra, sororoca), posta de bagre.
Ao filé de tilápia e de merluza: filé de pescadinha, de betara (papa-terra), de peixe porco (peroá).
Ao filé de salmão: filé de cavala, de robalo, de linguado, de pescada branca, de pescada amarela, de paru, de prejereba, etc.
Ao filé de atum: filé de atunzinho (também chamado de bonito).
Ao bacalhau: cambira (peixe defumado, como a tainha ou cavala) ou peixe seco (salgado e desidratado, assim como feito com o bacalhau).
SAIBA MAIS SOBRE O ANO INTERNACIONAL DA PESCA E AQUICULTURA ARTESANAL:
ONU Brasil: https://brasil.un.org/pt-br/159831-fao-lanca-ano-internacional-da-pesca-e-aquicultura-artesanais-2022






