Projeto Pesca Artesanal Lixo Zero
A Olha o Peixe existe e atua no litoral do Paraná há 7 anos, sendo um elo entre a pesca artesanal e consumidores que buscam pescados mais sustentáveis, que fortaleçam a economia local e que ainda tenham aquele gostinho de mar, com qualidade.
Por termos a sustentabilidade como um pilar, sempre nos preocupamos com o desperdício de pescados e a popularização de espécies até então pouco conhecidas pelos consumidores, que fazem com que por sua baixa demanda de consumo tenham baixo valor comercial ou até muitas vezes sejam descartados por não ter aproveitamento.
Hoje no mundo, cerca de 35% do que é pescado, é desperdiçado (FAO, 2018). Não precisamos pescar mais, precisamos pescar melhor. E reduzir o desperdício de pescados tanto na captura, quanto no preparo, é fundamental.
Até porque, sabemos que o resíduo do pescado, muitas vezes é descartado no ambiente (praias, mar, ou enterrados e queimados nas próprias comunidades) ou em aterro sanitário, trazendo prejuízos pra beleza cênica das praias, oferecendo risco a turistas (pisando em espinhas, por exemplo), atraindo vetores e mal cheiro, bem como gerando gastos de gestão do resíduo ou contaminando lençol freático e atmosfera, por exemplo.
Tudo isso por a pesca artesanal ainda não ter soluções viáveis para essa questão.
Compreendendo esse contexto e buscando criar inovações que possam ser compartilhadas na pesca artesanal, para menor impacto ambiental e maior geração de renda, a Olha o Peixe criou o projeto Pesca Artesanal Lixo Zero.
Nesse projeto, apoiado pela Fundação Grupo Boticário por meio do programa Teia de Soluções, estamos iniciando a criação de um modelo estrutural onde, com alguns equipamentos, conseguiremos aproveitar 100% dos pescados, sem desperdício:
– Espinhas de peixe: sendo separadas pela máquina despolpadeira para gerar a carne mecanicamente separada (CMS), que dá base para bolinhos, hambúrgueres e linguiças de peixe, por exemplo;
– Couros:sendo separados e congelados para serem doados ao projeto Couro de Peixe e outras iniciativas que o aproveitam para artesanato;
– Pescados pouco aproveitados para filés + partes dos pescados até então descartadas: utilizados para o preparo em cozinha industrial de salgados, caldos congelados, e outros alimentos prontos;
– Vísceras e outras partes: sendo destinadas ao biodigestor, que tanto gerará o adubo líquido e sólido super ricos para a agricultura, como o biogás para ser canalizado e queimado no fogão da cozinha industrial.
Em breve, disponibilizaremos guias e conteúdos para replicação do projeto em sua localidade.
Ainda, abriremos o espaço para visitas de interessados, construindo uma pesca artesanal ainda mais sustentável na região.
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